terça-feira, 30 de abril de 2013

Trabalhador, a única classe necessária! Viva a luta dos trabalhadores! Viva ao 1º de maio de luta!


   O marxismo é a teoria revolucionária de todos os socialistas. Nós, que defendemos o Socialismo Livre, também partimos do marxismo. Qual a descoberta mais importante do marxismo? A de que os trabalhadores são a única classe realmente necessária. Todas as outras classes sociais existentes ao longo da história seriam totalmente dispensáveis: aristocratas, monarcas, senhores feudais, burgueses, escravocratas, etc., são parasitas sociais. A humanidade não precisaria destas classes parasitas para viver bem, elas não produzem as riquezas do mundo, elas apenas exploram as riquezas produzidas pelos trabalhadores. 
   Essa é a grande revelação do marxismo: “trabalhadores do mundo, uni-vos”, pois sois vós que produzis a totalidade das riquezas do mundo, com o vosso trabalho, devendo, pois, de tais riquezas beneficiarem-se! O trabalho do trabalhador é que extrai as matérias primas da natureza e as transforma em carros, em geladeiras, em edifícios, em roupas, em celulares, em computadores, em aviões, em alimentos industrializados, em equipamentos médicos, em remédios, em ferramentas, em máquinas... 
   Se a classe dos trabalhadores é a classe que produz as riquezas do mundo, por que são justamente os trabalhadores que menos desfrutam dessas riquezas? Justamente porque as classes sociais parasitas, ao longo da história, têm usado da força, das armas, da opressão, da exploração para fazer com que a classe dos trabalhadores aceite o roubo do produto de seu trabalho como sendo algo normal, natural, legítimo, eterno, inevitável. Mas não o é. Marx, em O Capital, demonstrou que esse roubo legalizado do trabalho alheio recebe até um nome hermético, chama-se mais-valia, mas a mais-valia é justamente o tempo de trabalho não pago ao trabalhador, que gera riquezas gratuitas para as diversas classes patronais parasitas que existiram através da história. 
  Mais-valia é isso: tempo de trabalho não pago, ou seja, tempo de trabalho roubado para beneficiar a classe dominante detentora dos meios de produção, meios de produção, estes, inclusive, adquiridos através do acúmulo de riquezas fruto do processo de trabalho roubado ou trabalho não pago. Contrata-se o trabalhador ou, conforme em outros tempos, escraviza-se o trabalhador, e faz com que o mesmo produza um monte de riquezas, em forma de produtos-objetos-mercadorias, devolvendo-lhe apenas uma quantidade mínima da riqueza produzida destinada a sobrevivência pura e simples desse trabalhador, ficando a maior parte dessa riqueza produzida nas mãos da classe dominante parasita do trabalho alheio, seja esta a classe burguesa, uma classe escravocrata qualquer, ou mesmo a antiga nobreza, etc. Em outras palavras, a maior parte da riqueza produzida vai para as mãos da classe dos parasitas sociais. Os trabalhadores, os verdadeiros produtores da riqueza com o seu trabalho, são espoliados, roubados, explorados. Interessante que, ao longo da história, nunca se deu voz de  prisão porque uma classe parasita social qualquer roubou o tempo de trabalho de seus operários, ou seja, no mundo, o roubo de mais-valia sempre foi plenamente legalizado, exatamente porque as leis existentes sempre foram as leis criadas pela classe dominante. 
   Em uma sociedade baseada na exploração, não é crime roubar ou não pagar parte do tempo de trabalho do trabalhador. Revolucionar essa contradição social foi a grande lição deixada pelo marxismo, de onde nasceu a proposta de estatizar os meios de produção como a única possibilidade de superar essa contradição social, permitindo com que a classe dos trabalhadores não seja roubada, explorada, mas, sim, podendo ter acesso aos diversos bens que ela própria produz. 
   No Socialismo Livre almejamos a estatização dos meios de produção para colocar as riquezas frutos do trabalho nas mãos de quem de fato as produzem, os trabalhadores. Não precisamos da classe dos parasitas sociais. Modernamente não precisamos da burguesia, esta é uma classe parasita, que suga e rouba o tempo de trabalho alheio. A classe trabalhadora é a única classe que de fato trabalha e que é necessária para produzir riquezas para o bom funcionamento da humanidade, logo, é a classe trabalhadora que deve governar, garantindo a distribuição igualitária de todas as riquezas produzidas e liberdade plena para os trabalhadores: liberdade científica, liberdade política, liberdade afetivo-sexual, liberdade de expressão, liberdade de existir, liberdade de imprensa, liberdade cultural, liberdade de fé ou de não fé, liberdade artística, liberdade de decidir sobre o próprio corpo, liberdade de crítica, liberdade de ir e vir, liberdade étnica, liberdade de cada país determinar seu destino...
   Nesse primeiro de maio de 2013, mais um dia de luta da classe trabalhadora, fazemos questão de colocar na ordem do dia o socialismo livre, a única saída para a classe trabalhadora mundial viver com dignidade, sem ser explorada, sem ser oprimida, sem ser roubada socialmente. Viva a revolução dos trabalhadores! Viva o Socialismo Livre! Viva a única classe social realmente necessária, os trabalhadores! Viva a classe trabalhadora mundial! 

Por: Gílber Martins Duarte – Socialista Livre – Conselheiro do Sindute-MG e diretor da subsede do Sindute em Uberlândia - Professor da Rede Estadual de Minas Gerais – Doutorando em Análise do Discurso/UFU - Membro da CSP-CONLUTAS.