terça-feira, 25 de fevereiro de 2014

Atenção professores(as): Concurso Público de PEB II - 2013 - Instruções para Posse

MAIS UMA VEZ O GOVERNO FAZ "LAMBANÇA" NOS PRAZOS E OBRIGA PROFESSORES PRORROGAREM A POSSE.
ATENÇÃO AOS PRAZOS!

Confira Instruções  no sitie da Diretoria de Ensino Sul 3:



Senhores Professores Ingressantes 
INSTRUÇÕES PARA POSSE

NOMEAÇÃO: Decreto de 6, publicado em 7-2-2014

Posse: Artigo 52 da Lei 10.261-68 – Deverá ser 30 dias a contar do ato de Nomeação, ou seja a partir de 7-2-2014.
PRAZO LEGAL PARA A POSSE:  7-2-2014 a 8-3-2014 (30 dias)

Prorrogação do Prazo de Posse : § 1º do artigo 52 da Lei 10.261-68 , por  30 dias. Deverá ser requerido junto a Direção da Unidade Escolar  para qual foi nomeado, 5 dias  antes de terminar do Prazo Legal , pois será 
necessário a publicação no Diário Oficial  .

Quando devo solicitar a Prorrogação do Prazo de Posse?
  • Se  o resultado da perícia médica ou seja se o Certificado de Sanidade e Capacidade Física  não tiver o Resultado  publicado no D.O.E. até o dia 1-3-2014;
  • Se tiver o Resultado do Certificado de Sanidade e Capacidade Física  já publicado no D.O.E. e não quiser tomar posse dentro de prazo legal , ou seja até 8-3-2014 .
O PRAZO LEGAL COM PRORROGAÇÃO DE PRAZO DE POSSE SERÁ DE: 9-3-2014 a 7-4-2014 (30 dias) .

OBSERVAÇÃO: A PRORROGAÇÃO DO PRAZO DE POSSE SOMENTE SERÁ PERMITIDA UMA ÚNICA VEZ  POS 30 DIAS
Para a Posse o Interessado deverá informar a Direção da Unidade Escolar para qual foi nomeado  se acumula : Cargo - Lei 10.261/68 c/c LC 180/78  , Função-Atividade -   Admitido Lei 500/74 ou Contrato - LC 1093/2009 c/c  LC 1215/2013 (Categoria O )  .Em caso afirmativo deverá entrega Horário da Unidade onde acumula , para a competente publicação do Ato Decisório ( Acumulo de Cargo ).
SOMENTE PODERÁ TOMAR POSSE DEPOIS DE PUBLICADO O ACUMULO E TER O RESULTADO DO CERTIFICADO DE SANIDADE E CAPACIDADE FISICA ( LAUDO MÉDICO) PUBLICADO NO DIÁRIO OFICIAL CONSIDERADO APTO.
NO CASO DO INGRESSANTE TER O RESULTADO DO CERTIFICADO DE SANIDADE E CAPACIDADE FÍSICA  (LAUDO MÉDICO) PUBLICADO NO DIÁRIO OFICIAL CONSIDERADO INAPTO ou NÃO APTO, DEVERÁ:
a)      Solicitar reconsideração no Prazo de até 5 dias após a  publicação do Resultado no Diário Oficial do Estado ao Senhor Diretor do Departamento de Perícias Médicas do Estado , Endereço ; AVENIDA PREFEITOS PASSOS , S/N , VARZEA DO CARMO – GLICÉRIO – SÃO PAULO , Modelo em anexo.

NO CASO DO INGRESSANTE TER O RESULTADO DO CERTIFICADO DE SANIDADE E CAPACIDADE FÍSICA  (LAUDO MÉDICO) PUBLICADO NO DIÁRIO OFICIAL CONSIDERAM INAPTO ou NÃO APTO após pedido de reconsideração ao Senhor Diretor do Departamento de Perícias Médica , DEVERÁ:
a)      Solicitar RECURSO IMEDIATAMENTE ao Excelentíssimo Senhor Secretário de Estado da Gestão Pública .  Endereço ; AVENIDA PREFEITOS PASSOS , S/N , VÁRZEA DO CARMO – GLICÉRIO – SÃO PAULO , Modelo em anexo.
INSTRUÇÕES PARA EXERCÍCIO

NOMEAÇÃO: Decreto de 6, publicado em 7-2-2014

Prazo Legal para Exercício : Artigo 60 da Lei 10.261-68 – Deverá ser de 30 dias a contar do dias em que tomou  Posse .

Prorrogação do Prazo de Exercício : § 1º do artigo 60 da Lei 10.261-68 , por  30 dias. Deverá ser requerido junto a Direção da Unidade Escolar  para qual foi nomeado  e ter tomado posse  , 5 dias  antes do terminar do Prazo Legal , pois será necessário a publicação no Diário Oficial.

Quando devo solicitar a Prorrogação do Prazo de Exercício?
  • Se tiver tomado Posse  e não quiser entrar em exercício dentro do prazo legal de 30 dias contados da posse .
OBSERVAÇÃO: A PRORROGAÇÃO DO PRAZO DE EXERCÍCIO SOMENTE SERÁ PERMITIDA UMA ÚNICA VEZ  PÓS 30 DIAS A CONTAR DA DATA DA POSSE.

Dúvidas: Primeiramente ao Senhor (a) Diretor(a  da Unidade Escolar para qual foi nomeado ou Roque – CRH – Sul 3 – Fone : 5660-1331
Data da Publicação no site: 19/02/2014

quinta-feira, 13 de fevereiro de 2014

Conselho de escola : Base para a organização democrática da escola e do trabalho docente

        Há mais de três décadas os movimentos em defesa da escola e da educação para todos, defendem que o CONSELHO DE ESCOLA é o caminho capaz de garantir a democracia na escola  e  de contribuir com a sua transformação positiva. Ele é o espaço de gestão  democrática e de definição das propostas político-pedagógicas e organizacionais que devem orientar o trabalho da escola. É portanto o responsável pelo estabelecimento das suas diretrizes e metas, bem como da definição da matriz curricular e da gestão dos recursos.
Diante de todos esses aspectos, o CONSELHO DE ESCOLA é um espaço fundamental  para a democracia escolar, é parâmetro para o seu bom funcionamento e não deve ficar apenas no papel. Requer que os educadores, os alunos e a comunidade sejam protagonistas dos processos de decisão internos da escola, não meros “cumpridores de ordens” das equipes gestoras.
A gestão democrática está  prevista nos mais importantes instrumentos legais brasileiros. Em todos eles é atribuído ao CONSELHO DE ESCOLA papel  essencial para a gestão coletiva, colegiada e democrática. É com a contribuição de todos que compõem a escola, que ganha sentido diagnosticar a realidade, planejar, tomar decisões, estabelecer horizontes, definir objetivos e escolher formas de ação para alcançá-los.

O QUE É CONSELHO DE ESCOLA?

O Conselho de Escola é um colegiado, de natureza deliberativa e consultiva, constituído por representantes de pais, professores, alunos e funcionários. Sua função é de atuar, articuladamente com o núcleo de direção, no processo de gestão pedagógica, administrativa e financeira da escola.

QUAL O PRAZO PARA A ESCOLA APRESENTAR A COMPOSIÇÃO DO CONSELHO DE ESCOLA?
Após a eleição, a unidade escolar tem o prazo de encaminhar a composição do Conselho de Escola à Direção até 31 de março do ano letivo.

COMO DEVE SER  A DIVULGAÇÃO DA  ELEIÇÃO DO CONSELHO DE ESCOLA?
 As convocações para as eleições do Conselho de Escola  e APM deverão ser elaboradas por escrito, com o resumo da pauta, entregue aos interessados, mediante recibo, certificando- se de que as convocações sejam recebidas com pelo menos 48 horas de antecedência. A Direção da Escola deverá providenciar a divulgação da convocação mediante sua fixação em local próprio e visível em um mural e faixa na entrada da unidade escolar. No caso de unidades escolares situadas em áreas próximas, recomenda-se que as reuniões não aconteçam na mesma data e horário, de modo a favorecer participação plena da comunidade nas reuniões.

COMO É FEITA A ELEIÇÃO DO CONSELHO DE ESCOLA?
Os representantes de professores, especialistas de educação – diretor, vice diretor, coordenador – funcionários, pais e alunos serão eleitos pelos seus pares, ou seja, por grupos de alunos e de pais, através de assembléias distintas, convocadas pelo Diretor de Escola. A eleição dos membros do Conselho de Escola será lavrada em ata, registrada em livro próprio e com a assinatura de todos os participantes, devendo ser afixada em local visível para toda a comunidade escolar.

QUANDO É FEITA A ELEIÇÃO DO CONSELHO DE ESCOLA?
A eleição do Conselho de Escola é feita anualmente, durante o primeiro mês letivo.

EM QUE MOMENTO PODE SER ANULADA A ELEIÇÃO DO CONSELHO DE ESCOLA?
Quando não houver a participação da maioria de seus membros (50%+1 inclusive em 2ª chamada).  Também quando ela não for feita com a participação de todos os membros da comunidade escolar. A solicitação da anulação deve ser feita por escrito e protocolada junto à direção da escola. Caso a direção não tome providências, a solicitação deverá ser protocolada na Diretoria de Ensino à qual a escola está jurisdicionada. Para saber o endereço da Diretoria de Ensino, acessar o site da Central de Atendimento.

EXISTE REGULAMENTAÇÃO SOBRE O NÚMERO DE REUNIÕES DO CONSELHO DE ESCOLA?
O Conselho de Escola deve reunir-se, ordinariamente, 4(quatro) vezes  ao  ano.

O QUE FAZER PARA CONVOCAR REUNIÃO EXTRAORDINÁRIA?
A convocação para reunião extraordinária do Conselho de Escola pode ser feita pelo Diretor da Escola, ou proposta por, no mínimo, 1/3(um terço) de seus membros.

 Boletim especial Conselho de Escola completo: 






Participe conosco da construção da escola pública que queremos. Sugira, critique, opine. Organize sua escola, traga propostas e ideias.

Nossos Contatos :

E-mail: educadores.organizadospelabase@gmail.com 

O REPRESENTANTE DE ESCOLA É A PONTE ENTRE O SINDICATO E A ESCOLA!


Importância do Representante de Escola (R.E.):

    O governo disputa com todas as suas armas a consciência de cada professor. Existe um projeto bem articulado para cooptar aqueles que se destacam como liderança entre os professores, portanto a importância da formação dos REs é fundamental.
     O RE precisa ter clareza das suas tarefas na escola, saber a quem recorrer quando ocorrerem dúvidas ( no caso o conselheiro) e sempre ter olhar crítico diante das propostas do governo, e aos professores sempre os ouvidos bem abertos.
      Os coordenadores tem tido reuniões semanais nas DEs de dia inteiro, e é bem claro que existe um treinamento para além da técnica, com fundo ideológico, se observarmos as posturas e mais as atitudes dos mesmos que tem se uniformizado nas escolas.

Como o R.E. pode atuar na escola:
    Os Representantes de Escola devem participar ativamente em todas as instâncias deliberativas da escola. Nos ATPCs devem participar criticamente tanto das discussões sobre a proposta pedagógica, “imposta” pela SEE, como sugerindo soluções sobre as questões que tem afligido o dia-a-dia estafante e desgastante dos professores: indisciplina, excesso de alunos por sala de aula, falta de interesse dos alunos, concepções filosóficas e pedagógicas superadas, entre tantas outras.
     Os coordenadores têm chegado com fórmulas prontas que aparentemente solucionam todos esses problemas com projetos que vão das famigeradas olimpíadas e concursos, até festinhas nas escolas. O projeto político pedagógico das escolas tem se fechado nessas propostas e preparo para as provas que vão validar ou não o bônus, as provinhas do governo como o Saresp e outras. É necessário alertar os professores da ineficiência desses projetos, e da ineficácia das políticas pedagógicas do governo que estão sendo impostas
      Precisamos discutir a impossibilidade de aplicação dos projetos dentro das nossas atuais condições de trabalho. Precisamos discutir a superficialidade e fatiamento com que as teorias têm sido usadas para justificar as expectativas de aprendizagem, metas e ações de ensino. E estarmos atentos a defender qualquer atitude de uso da legalidade para prejudicar qualquer professor dentro da escola. Procurar o jurídico do sindicato que sempre fará a leitura da lei do ponto de vista do professor e não do governo e ter a segurança que o professor pode dizer “não” ao governo e lutar contra a precarização que nos é imposta.

Funções básicas do Representante de Escola:

  • Deve ouvir os professores e levar suas demandas ao sindicato, assim como levar as políticas e materiais do sindicato para a escola, portanto deve servir de canal de comunicação (reuniões, assembleias, pessoal, telefone, blog, etc.) com o sindicato sempre, participando de todas as instâncias da escola, principalmente do Conselho de Escola, para fazer valer o processo de construção da democracia nas decisões sobre todos os rumos da escola.
  • Deve levar ao sindicato as suas necessidades, os problemas e demandas da escola, participar das reuniões com suas sugestões e críticas, participando assim das políticas que são definidas para defender a categoria.
  • O RE é a instância mais importante e fundamental do sindicato, ele é a organização dos trabalhadores no local de trabalho, portanto sua atuação é essencial para a luta!


Denuncie o autoritarismo, a arbitrariedade e a opressão.
Participe conosco da construção da escola pública que queremos. Sugira, critique, opine. Organize sua escola, traga propostas e ideias.
Nossos Contatos :
E-mail: educadores.organizadospelabase@gmail.com
Blog: http://educaorgpelabase.blogspot.com.br

domingo, 9 de fevereiro de 2014

Educar para reproduzir as relações de produção ou educar para transformar o mundo?


Nós, que participamos da luta sindical e política, e que atuamos no campo da educação pública, não podemos nos dar ao luxo de nos enganar: precisamos fazer de nossa prática educacional uma militância política cotidiana, comprometida com o desenvolvimento da consciência crítica dos jovens estudantes. Existe uma tendência, no seio da escola pública, a pensar que os governos não nos valorizam, logo, já que não somos valorizados, não temos motivos para pensar em um ensino público de qualidade para os nossos jovens. Ora, segundo nosso ponto de vista, desistir de dar uma aula de qualidade, por conta das manobras governamentais, é alienante e simplesmente ajuda o projeto de reprodução da lógica do capital.
Vamos raciocinar: quem estuda na escola pública? Filhos da classe trabalhadora, não é verdade? E quem somos nós, os educadores? Trabalhadores da educação, não é verdade? Então, quem sai prejudicado se desistirmos de lutar por uma escola pública, gratuita e de qualidade? Todos nós, da classe trabalhadora. E é preciso entender: não interessa aos governos, favoráveis ao capitalismo, o investimento na escola pública, gratuita e de qualidade, justamente porque nessa escola estão os filhos da classe trabalhadora e, no capitalismo, os trabalhadores são criados para serem escravos da exploração, escravos da mais-valia. Não somos criados-formados para sermos livres e críticos, com vida digna. Somos criados-formados para reproduzir as relações de produção do capital: lucro, consumismo, exploração, riqueza para poucos, destruição ambiental e da vida.
Qual, então, o lugar do educador nesse mundo? É preciso ser categórico, nosso lugar é o da militância política. Não podemos nos dar ao luxo de não sermos militantes políticos em nossas aulas, não podemos nos dar ao luxo de desistir. Um mundo melhor será parto da luta diária, não será filho do desânimo, da descrença ou da desesperança. É isso que os capitalistas querem, que fiquemos abatidos, desanimados, desesperançados, desapaixonados, entediados, assim não precisam gastar com a educação dos trabalhadores.
Porém, enquanto educadores, temos obrigação moral de sermos apaixonados pela educação, porque educar é despertar a crítica, é desnaturalizar as práticas, é desmistificar as falsas verdades, é arrancar o obscurantismo da sociedade, é questionar as políticas públicas ausentes, é combater as opressões machistas, racistas, homofóbicas, trabalhistas, políticas, de classe, educar é sonhar com outros mundos possíveis. Não existe aula neutra, a eleição de um tema X ou Y, a ser discutido em sala de aula, já está repleto de ideologia. Damos aulas para legitimar a visão burguesa do mundo ou damos aulas para despertar os filhos da classe trabalhadora para um outro mundo, um mundo sem opressões e sem exploração?
Nosso lugar precisa ser o do ânimo presente, caminhando com espírito de luta rumo ao futuro. Qual tem sido, em geral, o projeto dos governos para a educação, por exemplo? Doutrinar alunos e professores rumo às avaliações externas, como se bastasse subir as metas educacionais para alunos e professores terem uma vida melhor. Todos sabem que esse é um projeto de educação falso. Mesmo se tivéssemos uma avaliação externa em que os alunos fossem altamente bem sucedidos, sem despertar a postura crítica e o desejo de construir um mundo mais justo, no outro dia, após o resultado das avaliações, ainda teríamos as mesmas mazelas sociais, o mundo dos ricos e o mundo dos pobres, o mundo dos incluídos e dos excluídos socialmente. Portanto, não podemos educar pensando nessa lógica das avaliações externas, como se elas fossem o grande selo de qualidade da educação pública. Esse não pode ser o nosso projeto de educação, não pode ser o projeto de educação dos lutadores. Nós, os lutadores, temos que despertar a postura crítica dos estudantes. Temos de desnaturalizar, deseternizar, deslegitimar, questionar as pretensas verdades das diversas práticas sociais. Temos de despertar nos educandos o desejo do não existente, a partir de uma crítica lúcida daquilo que existe.
Por exemplo, o mundo é machista, deveríamos, na educação do dia a dia, despertar o desejo de um mundo em que as mulheres sejam respeitadas. O mundo é racista, deveríamos depertar o desejo de um mundo sem opressão. O mundo é homofóbico, deveríamos despertar o desejo de tolerância face ao diferente. O mundo é agressivo, deveríamos despertar o desejo da gentileza. O mundo é inculto, deveríamos despertar o desejo de descobrir. O burguês não paga o total de horas trabalhadas ao operário, deveríamos despertar em nossos jovens o desejo de justiça trabalhista. Os pobres morrem por diversas enfermidades nas filas do SUS, deveríamos despertar o interesse por um sistema de saúde decente. Os jovens são ceifados pelo mundo das drogas, deveríamos despertar perspectivas e sonhos outros para nossa juventude. O mundo não tem emprego para todos, deveríamos despertar o sonho do pleno emprego. O mundo não oferece sequer moradia para uma boa parte da população, deveríamos despertar nos jovens o desejo de morar dignamente. Os pobres sofrem, deveríamos despertar o desejo de não sofrer.
Infelizmente, os governos não tem sido nossos aliados nessa luta por uma educação crítica, pois ao comprometerem-se com o capitalismo, suas práticas políticas não toleram cinco minutos de exame crítico. Não é necessário e nem é natural, por exemplo, sufocar os professores dentro das escolas, simplesmente porque não lhes paga o suficiente para sobreviver. Qual governo, entretanto, não está fazendo isso? Existe algum? Não é legítimo e necessário manter escolas sem livros, sem laboratórios, sem jornais, sem espaços de lazer. Quantos se preocupam em resolver seriamente tais problemas? E os demais problemas mencionados acima: existe alguma política dos governos voltada para despertar nos jovens e no povo o desejo de um mundo melhor? Não temos visto tal prática. Portanto, a educação é o lugar de problematizar-discutir os problemas da sociedade, é o lugar de instigar o desejo do não existente, a partir de um exame atento das condições reais e vigentes.
Em toda disciplina, é possível fazer isso. Os lutadores precisam pesquisar e compartilhar práticas rumo a uma educação que desnaturalize as falsas verdades das práticas sociais. Nossos sindicatos precisam dar voz a esse debate. O que motiva a paixão de educadores e estudantes é a luta acompanhada da visão crítica. Quando temos a certeza de que o nosso trabalho é uma militância política cotidiana contra todos os inimigos políticos, econômicos e ideológicos que emperram a construção de um mundo mais justo, então encontramos sentido para o nosso trabalho, nos tornamos incansáveis, fazemos greves, preparamos aulas que despertam a consciência crítica, ganhamos aliados, ganhamos apoio na classe trabalhadora, ganhamos outros sujeitos para sonhar junto conosco, caímos, levantamos, sabemos que a cada dia estamos travando uma batalha contra o senso comum e contra a lógica da reprodução das relações de produção. É hora de debater, na escola, os temas que angustiam as vidas da classe trabalhadora. Esse é nosso papel. Educar para a vida futura começa educando os seres humanos para entenderem a vida presente, com a firme convicção de é possível modificar aquilo que não aceitamos. Não temos o direito de desistir. É preciso fazer das nossas aulas uma militância política em prol da luta para transformar o mundo.
Como Socialista Livre e trabalhando como professor, acredito que a educação pode e deve ser um lugar de militância política.

Por: Gílber Martins Duarte – Coletivo Socialistas Livres – Conselheiro do Sind-UTE-MG e diretor da subsede do Sind-UTE em Uberlândia – Professor da Rede Estadual de Minas Gerais – Doutor em Análise do Discurso/UFU – Membro do Movimento Nacional dos Educadores Organizados pela Base (MEOB) – Membro da CSP-CONLUTAS.

quarta-feira, 5 de fevereiro de 2014

Requerimento Padrão - Rede Municipal da Cidade de São Paulo

ATENÇÃO PROFESSOR(A) da rede municipal de educação (São Paulo) VOCÊ DEVE UTILIZAR ESSE DOCUMENTO PADRÃO EM TODA COMUNICAÇÃO COM OS ÓRGÃOS PÚBLICOS QUE ESTÁ INSERIDO. FAZÊ-LO EM DUAS VIAS , SEMPRE PROTOCOLAR UMA E AGUARDAR O PRAZO LEGAL, 10 DIAS PARA A RESPOSTA. CASO NÃO SAIBA COMO AGIR DIANTE DA RESPOSTA OU TENHA DÚVIDAS PROCURE O SINDICATO, NA FIGURA DE UM DE SEUS CONSELHEIROS OU O RE DE SUA ESCOLA.ESSE DOCUMENTO LEGITIMA A COMUNICAÇÃO DO PROFESSOR COM RESPALDO LEGAL.

Modelo de requerimento


ILMO(A).SR(A) DIRETOR(A) DA  _____________________________________________ 

ILMO(A).SR(A) DIRETOR(A) REGIONAL DA D.R.E. ________- MUNICÍPIO DE SÃO PAULO.

     Eu, __________________________________________, brasileiro(a), estado civil____________________________, professor(a), portador(a) da cédula de identidade R.G. nº __________, CPF nº_________ ,residente e domiciliado(a) na ____________________________________________, bairro _________________, São Paulo, SP, CEP ____________________________, venho respeitosamente à presença de Vossa Senhoria, com fundamento no artigo 5º CF/88, incisos XXXIII e XXXIV, alínea a e art. 84 da Lei Orgânica do Município, bem como disposições da Lei nº 8.989/79, em especial, seu art.176, informar e, ao final, REQUERER o que se segue:
________________________________________________________________________________________________________________________________________________
     Caso Vossa Senhoria não possa atender ao solicitado, ou tenha parecer divergente, informar os motivos fáticos e legais justificando-o por meio de documento oficial, que servirá para a defesa de meus interesses, administrativa e judicialmente, se necessário for.
    Por fim, requeiro seja respondido o presente, no prazo de 10(dez) dias úteis, em conformidade com o artigo 84 e seu parágrafo único da Lei Orgânica do Município.
                                                 Termos em que,
                                                 Peço deferimento.

                                     São Paulo, ____ de _________________ de 2014.

                                     ________________________________________.

segunda-feira, 3 de fevereiro de 2014

Por que aderi ao MEOB – Movimento Nacional dos Educadores Organizados pela Base?


No Congresso da CNTE – Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação –, aderi politicamente ao movimento de luta educacional, o MEOB – Movimento Nacional dos Educadores Organizados pela Base –, que atua dentro da CSP-CONLUTAS. A importância desse movimento de lutadores sindicais, no interior da luta educacional, está, principalmente, na sensibilidade de não se achar “donos da verdade”, e, ao mesmo tempo, com disposição de organizar a luta dos trabalhadores em educação, ouvindo as angústias, as disposições de luta, as críticas, as concordâncias, as discordâncias dos trabalhadores, estudantes e comunidade escolar que estão na base das escolas.
Além dessa sensibilidade na construção da luta educacional brasileira, o MEOB tem o cuidado político de ser independente dos governos, dos patrões e dos partidos políticos. Não que sejamos, por exemplo, contra a participação dos partidos políticos no interior da luta sindical-educacional ou contra a existência de partidos políticos, mas somos contra os partidos aparelharem os sindicatos, burocratizando-os em função única e exclusivamente da construção de suas correntes políticas, sufocando a democracia operária no interior da luta sindical-educacional. Cumpre observar que os sindicatos congregam uma base ampla de trabalhadores, tanto filiados a partidos políticos (e não a apenas um), quanto pessoas que não são filiadas a partido político algum. Portanto, é nesse sentido que entendemos que a luta sindical-educacional não pode ser aparelhada por uma corrente político-partidária, ao contrário, tem de conviver com a diversidade política da classe trabalhadora, convivendo com as várias correntes políticas no interior do movimento e também com os independentes que não pertencem a partido político algum. Todas as diferenças políticas no interior da luta sindical-educacional têm de ser resolvidas no voto, com base na democracia operária, ou seja, garantindo-se ampla liberdade de discussão entre os lutadores, encaminhando-se as propostas aprovadas por maioria e ponto.
Sou militante político-revolucionário Socialista Livre, e minha adesão, enquanto professor de luta, ao grupo sindical-educacional do MEOB, que atua no movimento educacional brasileiro e no interior da CSP-CONLUTAS, se dá como aposta na possibilidade de, no terreno concreto da luta pela educação no Brasil, ajudar a construir um forte movimento de lutadores para travar a luta na defesa da escola pública, com trabalhadores em educação, economicamente valorizados e teoricamente bem preparados, para propiciar uma educação de qualidade aos estudantes, filhos da classe trabalhadora, que merecem uma escola pública que, de fato, eleve-lhes o nível de instrução/informação/ciência/cultura/criticidade.
Você, trabalhador-trabalhadora em educação, estudante, pai-mãe de estudante da escola pública, que queira participar do MEOB – Movimento Nacional dos Educadores Organizados pela Base – procure-nos e venha participar do nosso movimento de luta em defesa da escola pública, gratuita e de qualidade. Temos atuação concreta, por enquanto, em São Paulo e em Minas Gerais. Quem é de outro estado brasileiro, porém, também pode contatar e ajudar a fundar o movimento em seu próprio estado ou município. Com sua adesão, o MEOB pode fazer a diferença na luta em defesa da escola pública, gratuita e de qualidade.
Por: Gílber Martins Duarte – Coletivo Socialistas Livres – Conselheiro do Sind-UTE-MG e diretor da subsede do Sind-UTE em Uberlândia – Professor da Rede Estadual de Minas Gerais – Doutor em Análise do Discurso/UFU – Membro do Movimento Nacional dos Educadores Organizados pela Base (MEOB) – Membro da CSP-CONLUTAS.
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